Os empreendedores que esperam se aventurar pelo mundo do franchising devem observar alguns valores específicos para iniciar o seu investimento, entre elas a taxa de franquia.
É frequente, no entanto, que os principiantes na atividade não entendam a função de certas cobranças.
Os gastos comuns à qualquer empreendimento, como custos de pontos comerciais, tendem a ser mais fáceis de entender.
As dúvidas surgem apenas quando entram em cena os gastos específicos para franqueados.
É neste momento que muitos começam a se perguntar “para que serve a taxa de franquia”?
Para responder à questão não podemos esquecer jamais que o conhecimento hoje é um grande capital.
Conhecimento tem valor
No caso das franqueadores, é um saber que foi acumulado nos anos de trabalho que levaram ao sucesso da marca.
Há ainda algumas atividades que serão supridas pelo operador de uma unidade ao arcar com as taxas obrigatórias.
É por isso que este é um modelo de negócio que tende a oferecer maior estabilidade.
Afinal, o investidor conta com a experiência da franqueadora para ajudá-lo.
Assim, as taxas cobradas neste contexto não são referentes meramente ao uso da marca.
São também para que se passe o que a organização aprendeu no percurso de sua história e ofereça suporte à unidade.
Vamos entender um pouco melhor a questão adiante.
O que é a taxa de franquia?
Ao iniciar o caminho como franqueado, a taxa de franquia será o primeiro valor a ser observado pelo empreendedor.
Espécie de investimento de entrada, é indispensável para que o empresário passe a fazer parte da rede.
Em alguns casos ela pode ser denominada como taxa inicial ou de licença.
Em inglês é denominada Franchising Fee.
Taxa única por contrato
Ela é paga apenas uma vez, sendo um passo dado na direção de validar os documentos assinados entre as partes.
Pode haver casos onde a renovação incidirá em uma nova cobrança do encargo.
Nestes exemplos a renovação acontece ao final do prazo acordado em contrato.
No caminho oposto estão as redes que não fazem a cobrança da taxa.
Ao menos, não de forma aparente e nominal.
O comum é que os custos normalmente cobertos por ela se encontrem embutidos em outras cobranças.
Usualmente nesta situação se encontra o valor junto ao investimento inicial.
Em todos os casos está garantido para o franqueado o suporte e transmissão de know-how por parte da rede.
Seja cobrando a taxa de franquia explicitamente ou não.
Trata-se, inclusive, de direito garantido pela lei de franquias (8955/94).
Para conhecer informações da marca e sua rede compete ao investidor ler cuidadosamente a Circular de Oferta de Franquia (COF).
Toda a questão referente às taxas e qual o suporte oferecido estará registrado neste documento.
Para que serve a taxa de franquia?
Afinal, para que é cobrada a taxa de franquia?
Em primeiro lugar ela está ligada à concessão dada para o franqueado usar a identidade da marca em sua unidade.
Além de permitir este uso, ela é responsável por cobrir a instrução que será oferecida ao gestor e sua equipe.
O objetivo é que estes cheguem à inauguração portando todo o conhecimento da empresa franqueadora.
Para atingir esta meta o suporte pode incluir manuais e períodos de treinamento.
Os custos vão cobrir ainda tecnologia operacional e outros itens essenciais.
De forma resumida a cobertura da taxa inclui:
- Treinamento inicial;
- Manuais de operação;
- Assistência na instalação da unidade;
- Direito de uso da marca;
- Assistência no projeto arquitetônico;
- Assistência na definição de ponto comercial;
Vale conferir atentamente além dos valores a ser pagos, quais os serviços que estarão cobertos nesta despesa.
Isto é relevante porque o franqueado deve ter em vista que nem sempre as taxas menores são as mais vantajosas.
Pode ser que elas ofereçam na realidade uma menor cobertura para os donos de novas unidades.
Taxa de franquia na hora de renovar
Fique atento à este período, pois a maioria dos contratos inclui a taxa de franquia na renovação.
Através deste novo pagamento será prorrogada a concessão dada pela franqueadora.
É importante se programar e garantir este custo, ou a unidade poderá ter dificuldades para continuar operando.
Este valor pode vir também acrescido de juros e inflação vigentes.
Lembre-se ainda que esta é apenas uma das taxas a ser observadas no seu contrato.
Há ainda royalties, serviços, propaganda, dentre outros custos a respeitar.
Quem vai entrar no sistema de franchising tem de conhecer detalhadamente estes gastos.
A garantia de transparência para que o combinado seja satisfatório para ambas as partes começa nesta instrução.
Não menos importante é registrar que há razões além das citadas para a cobrança de taxas.
Incluir um novo franqueado em uma rede sempre implica em custos para as marcas.
É necessário, por exemplo, trabalhar para a divulgação da nova unidade.
Por vezes recorrendo aos canais midiáticos tradicionais, como revistas e jornais, relativamente custosos.
Em algumas circunstâncias as marcas podem inclusive elaborar alguma forma de evento para divulgação.
Conclusão
Sabendo para que serve a taxa de franquia, o empreendedor pode fazer o seu investimento com maior segurança.
Assim ele tem certeza de que o valor será traduzido em benefícios que permitirão o sucesso da sua unidade.
Já a franqueadora vê os seus custos calçados e pode oferecer todo suporte de que dispõe.