Para o empreendedor, a escolha do ponto comercial é uma fase importante do projeto que viabiliza o novo negócio. A decisão consciente — aquela que evita transtornos e problemas desde o início — somente deve ser tomada após uma análise precisa, profunda e transparente de vários fatores complementares.
Se você quer ter a segurança de que optou pela melhor proposta, com certeza precisa entender as principais variáveis do ponto comercial. Está meio perdido? A incerteza acabou!
Neste post, você vai conhecer os erros mais comuns e poderá evitar que sua empresa passe por maus bocados por se instalar no lugar errado. Boa leitura e bons insights!
1. Avaliar somente o valor do aluguel
Se, para definir a nova casa do seu negócio, você está considerando os custos e fazendo cálculos de projeção no seu fluxo de caixa, ótimo! Você está se saindo um excelente empreendedor focado em resultados.
Mas, apesar disso, fique atento para que o desejo de economizar não prejudique seus retornos no médio e longo prazos.
No que diz respeito ao aluguel, por exemplo, é importante que você avalie as opções disponíveis com cautela. Só não permita que sua decisão seja influenciada pelos fatores errados! Lembre-se de que uma economia de R$ 100 por mês não justifica a escolha por um espaço mal localizado ou com estrutura precária.
Quando você analisa somente o custo mensal do ponto comercial, deixa de ver as implicações do aluguel na rotina do seu negócio. Antes de bater o martelo, imagine a operação cotidiana já funcionando e visualize vantagens e desvantagens práticas do imóvel.
A fiação elétrica está comprometida? Repense o aluguel. O piso está gasto e não causa a melhor das impressões? Repense o aluguel. A área não é frequentada pelo público que você quer atingir? Repense o aluguel.
Uma última dicas sobre o assunto: dificilmente você encontrará o ponto comercial perfeito — aquele que atende a todas as suas exigências e ainda cabe perfeitamente no seu bolso –, mas é importante que você seja bem criterioso ao decidir.
2. Desconsiderar o fluxo de pessoas que circula no ponto
Vamos supor que você adore um determinado bairro — e que inclusive conheça a vizinhança e se dê muito bem com os moradores — e está pensando em instalar sua empresa por lá. Não há nenhum problema nisso, desde que você também chegue à conclusão de que o local também tem outros benefícios.
O grau de movimento da rua (ou das redondezas) é um termômetro infalível para o seu negócio. Se houver trânsito intenso de pessoas e carros, é bem provável que sua empresa seja notada por um número considerável de possíveis clientes. E isso é ótimo!
Por outro lado, se o bairro for muito quieto, com pouco movimento diariamente, é melhor reconsiderar: é bastante difícil que sua empresa, por mais inovadora que seja, consiga reconfigurar o aspecto do bairro — pelo menos nos primeiros meses.
Por isso, priorize áreas que já contem com um bom fluxo de pessoas circulando. Essa estratégia garante que sua marca seja notada e, caso haja identificação com o indivíduo, seja também considerada no momento da compra.
3. Deixar de analisar a concorrência
Nem precisamos dizer que a concorrência está cada vez mais acirrada, né? Basta olhar em volta para perceber que as empresas contemporâneas têm se esforçado para construir diferenciais competitivos valiosos, conquistando a preferência de consumo e permanecendo lucrativas em um ambiente bastante complexo.
Com o seu negócio não pode ser diferente! Enquanto empreendedor, você precisa se dedicar a todas as frentes da empresa: da estratégia à operação cotidiana. Para isso, uma ferramenta interessante é o benchmarking.
O benchmarking é a sistematização da análise acerca das melhores práticas corporativas. Para fazê-la, você precisa selecionar alguns aspectos-chave (localização, porte, portfólio de produtos e preços, por exemplo) e identificar seus principais concorrentes.
Então, é hora de organizar as informações e pontuar quais marcas oferecem os melhores produtos e serviços. Ao verificar o contexto do mercado, você pode se posicionar de uma ou de outra forma. Encontrou um concorrente de peso, que oferece várias formas de pagamento? Talvez seja interessante que você estruture um parcelamento customizado, capaz de atrair consumidores interessados.
E mais: não pense que a avaliação de concorrência deve ficar restrita aos primeiros meses da operação. O ideal é manter o hábito de acompanhar as empresas do setor de forma contínua, garantindo o alinhamento às expectativas e às tendências do mercado.
4. Ignorar as preferências do seu público-alvo
Outro ponto crucial é, sem dúvida, a aderência do seu produto ou serviço. Você, enquanto idealizador do negócio, pode estar totalmente certo de que sua criação é a melhor solução para determinado problema. Mas será que o consumidor demanda esse tipo produto ou serviço?
Para ter mais segurança, o estudo dos hábitos e das preferências de consumo é indispensável. Primeiro, você precisa selecionar o seu nicho de mercado (aquela fatia de clientes que enfrenta o problema que você e seu produto querem resolver). Depois, é hora de avaliar com cautela como esse público pensa, age e compra.
A pesquisa é fundamental para indicar os caminhos mais adequados na condução do negócio — em questões administrativas e de marketing. Se, por exemplo, você deseja vender para um público jovem, é válido pensar em engajamento em redes sociais e investir em um pós-venda excelente. As gerações mais novas, você sabe, buscam experiências ao invés de produtos.
Ao ignorar o contexto e a realidade de seus possíveis clientes, você corre o risco de jamais ser considerado. Lembre-se: se seu produto não reverbera na vida do indivíduo, demonstrando uma solução eficiente para um desafio que ele precisa superar, não haverá venda. E muito menos fidelização!
5. Desconhecer a segurança do local no dia a dia
A segurança do negócio deve ser uma prioridade para todo empreendedor, independentemente do estágio de desenvolvimento em que a empresa se encontre. Para quem está começando, então, a preocupação com a tranquilidade da operação cotidiana precisa se intensificar!
Se você já conhece a área em que deseja se instalar, provavelmente também está a par das questões que envolvem a segurança da empresa – seja durante o expediente ou após o horário comercial, quando as instalações ficam vazias. Porém, se você ainda não tem familiaridade com a localização, vale redobrar a atenção.
Aproveite para averiguar com outras empresas ou com moradores se a região é tranquila ou se existem muitos relatos de insegurança. Esse tipo de levantamento vai certamente ajudar a fazer a melhor escolha, aliando atributos que são importantes para você, para a sua marca e para seus futuros clientes.
O ponto comercial será, na verdade, a sua segunda casa por muito tempo — no dia a dia e no decorrer dos anos. Por isso, vale a pena investir esforços para se certificar de que você está, de fato, optando pela área que mais servirá aos interesses do seu negócio e às preferências dos seus clientes.
Ainda tem dúvidas sobre os critérios mais adequados para escolher a futura casa da sua marca? Aproveite para se aprofundar um pouco mais no assunto e saber como chegar à melhor decisão!