Uma dúvida pertinente no ramo de franchising e que mais pessoas vêm se interessado: como abrir uma franquia fora do país?
Pode parecer um assunto complicado, mas para quem deseja empreender no exterior há métodos que contribuem para o sucesso do franqueado.
Os números nos ajudam a compreender: a Associação Brasileira de Franchising (ABF) aponta que há mais de 140 franquias brasileiras atuando no exterior, com o número crescendo ano após ano.
E, claro, o continente americano é o preferido: apesar da proximidade regional, nossos vizinhos como Paraguai, Bolívia e Argentina estão atrás dos Estados Unidos, maior mercado global do mundo.
Para você que quer saber como abrir uma franquia fora do país, a minha dica é que leia este artigo.
Veja o que já possui disponível, o que deverá ser feito e, claro, conhecendo exatamente como é franquear – e ser franqueado – no país que deseja empreender. Vamos lá?
Legislação, burocracia e mercado: analise isso
O primeiro passo de como abrir uma franquia fora do país é saber como iniciar o negócio, mantê-lo e como atuar.
Para isso, busque as seguintes informações:
- Conheça a legislação e veja como é possível estrangeiros atuarem no país – alguns podem ser complicados, então é preciso analisar bem a situação antes de ter complicações legais com a justiça do país escolhido.
- Questões burocráticas, como o tempo que leva para efetivar a franquia, os custos operacionais do processo e se a atividade é permitida – há países e regiões, como no próprio Estados Unidos, que proíbem ou restringem algumas atividades, principalmente envolvendo alimentos.
- Lembre-se de sempre fazer a cotação para a abertura de franquia em moeda local, evitando o erro (comum) de não transformar reais em dólar, por exemplo.
- Faça ou procure uma análise de mercado sobre a franquia que deseja abrir e qual será seu público dentro do país que escolheu. Lembre-se: até mesmo em estados brasileiros os costumes mudam, e nos outros países isso pode estar mais acentuado (falaremos abaixo disso).
- Crie o plano de negócios. Como qualquer outra atuação empresarial, é preciso ver se há viabilidade de investir no exterior e qual é o tempo de retorno sobre o investimento.
Começando com esses detalhes técnicos que precisam ser o ponto de partida para você que quer saber como abrir uma franquia fora do país, passamos para outras dicas pontuais – e que farão toda diferença.
Especialistas e experiência fazem toda a diferença
Através do que já vi de brasileiros no exterior, percebo várias franquias que são sólidas e robustas.
Principalmente por um motivo: a relação de franchising traz para perto quem já percorreu esse caminho e entende do assunto.
Por isso, é importante ter contato com essas pessoas:
- Quem já abriu franquias fora do país – franqueadores e franqueados;
- Especialistas no ramo internacional, mesmo que ainda residam no Brasil;
- Advogados e assessores jurídicos, do país escolhido, que contribuam nos aspectos legais;
- Associação a entidades que regulem ou sejam grupos de franchising, como a próprio ABF é no Brasil.
Com esse ‘quarteto’, é possível ter estrutura suficiente para abrir uma franquia fora do país com segurança e autonomia.
Ao negligenciar a ajuda das pessoas, não apenas abrir seu negócio fica mais difícil – mas se adaptar a cultura, língua e costumes também será uma grande barreira.
Olhe para a comunidade que irá atingir
Outro ponto fundamental em como abrir uma franquia fora do país é entender que estamos atingindo uma outra comunidade, e não mais um público-alvo.
Você deve estar me perguntando: como assim?
Diferente do Brasil, onde ao abrirmos uma franquia já temos noções de comportamento, perfil, questões demográficas e de faixa etária, para citar os exemplos mais claros, não são aplicáveis de forma tão clara fora do nosso território.
Isto porque é preciso mudar a maneira de pensarmos a nossa cultura e imergirmos em como eles enxergam o que iremos levar até eles.
Por isso, precisamos analisar:
- Se eles realmente necessitam do que sua franquia irá dispor;
- Qual é o melhor ponto para estabelecer o negócio, impedindo que esteja em locais de difícil acesso da comunidade atingida;
- Quais fatores sazonais fazem diferença para essa comunidade;
- Como você irá atingir os consumidores e trazer a confiança do seu produto, principalmente por ser brasileiro – o que pode causar, inicialmente, um certo receio da comunidade.
Resumindo: ao abrir uma franquia fora do país é preciso saber que a realidade é outra, o aspecto financeiro é diferente, entre outras características.
Suporte da própria franquia
O franqueador que atua fora do país também precisa ter uma política séria, transparente e que estipule todos os detalhes em contrato.
Garantindo segurança jurídica para o franqueado e, claro, para ele próprio.
“E por que você não citou o franqueador como um especialista do ‘quarteto’ no tópico acima?”
Simples: este aspecto do franchising é indissociável e insolúvel já no momento que você pensa em como abrir uma franquia fora do país.
Sem os dois lados – o detentor da marca franqueada e o empreendedor disposto a investir nela – não há franquia no exterior.
Por isso esta citação neste tópico é específica e de extrema importância: quem quer abrir o negócio nos nosso vizinhos latinos, na América do Norte, na Europa ou outro continente tem como base essa relação clara do franchising.
E vale a pena investir?
Outra pergunta que busco responder sempre com toda a sinceridade.
Se houver a possibilidade, abarcando todas as características que citei durante o artigo, vale muito a pena investir.
Alguns países têm menores taxas, maior possibilidade de expansão, o fator inédito (onde as pessoas ainda não conhecem o produto, principalmente se for brasileiro), os valores a serem investidos, as parcerias comerciais, entre outros.
Por outro lado, ao negligenciar a importância da relação franqueado-franqueador, não buscar especialistas no assunto, ter um estudo de mercado pouco contundente e não conhecer o país em que irá investir poderá trazer verdadeiros problemas.
Não à toa, mais franquias nacionais buscam atrair novos mercados – e, claro, novos franqueados.
Para quem busca expandir sua marca, assim como quem deseja investir num negócio já consolidado, o processo de como abrir uma franquia fora do país pode ser mais fácil, prazeroso – e, sem dúvidas, lucrativo para todas as partes.